O diretor-geral da Polícia Civil do DF, Robson Candido, conseguiu o que queria: se vingar de delegados que disputaram a presidência do Sindicato dos Delegados e Associação dos Delegados do DF (Sindepo e Adepol) pela chapa contrária que ele apoiava.
Nos bastidores os delegados já comentavam que quem perdesse seria realocado para delegacias distantes, precárias e sem condições de trabalho.
Pois bem, a chapa apoiada pelo diretor Robson Candido venceu. A Chapa 2, com Rafael Sampaio reeleito para o Sindepo e o delegado Amarildo presidente da Adepol DF. Péssima notícia para a outra chapa, que seria retaliada.
A principal alvo da Direção foi a experiente delegada Claudia Alcantara, que concorreu como vice-presidente para a Adepol. A chapa dela, contrária do diretor, ficou em segundo e perdeu por cinco votos.
Lotada há mais de cinco anos no Cruzeiro, onde presidiu importantes inquéritos e conduziu diversas investigações de repercussão nacional, ela foi transferida esta semana para a delegacia de Brazlândia, a mais distante no DF, cerca de 40 km de distância do Plano. O delegado de Brazlândia, Raphael Seixas, foi para Ceilândia.
O delegado Marcelo Portela, eleito vice do Sindepo pela chapa da Direção, virou o novo responsável pela Comissão Permanente de Disciplina (CPD).
O delegado Marcelo Portela, eleito vice do Sindepo pela chapa da Direção, virou o novo responsável pela Comissão Permanente de Disciplina (CPD).
O diretor Robson não demorou muito para colocar os planos em prática. Esperou apenas três dias após as eleições para a vingança. Outros delegados também foram realocados. Quem apoiou a chapa de Robson ganhou uma delegacia perto do Plano ou com mais estrutura.
Outra eleição para o Sindepo e Adepol só daqui três anos.