quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Policiais presos em manifestação

UM policial civil do Distrito Federal e outro policial civil do Maranhão foram presos nesta quarta-feira (18/11) na Esplanada dos Ministérios, no meio de uma manifestação. Os dois dispararam tiros pro alto, o que gerou tumulto. 

O policial do Maranhão foi encaminhado para a 5a Delegacia de Polícia, autuado por disparo de arma de fogo em via pública. Segundo a Polícia Militar, se trata de Marcelo Thadeu Penha Cardoso. Ele já foi preso em 2006 acusado de espancar mãe e filha no meio da rua no Maranhão. Na semana passada ele havia sido preso também na Esplanada, mas foi liberado.

O policial civil reformado do DF foi identificado pelas iniciais J.L.D.V. O homem foi encaminhado para a Corregedoria, no Departamento de Policia Especializada (DPE). 

domingo, 15 de novembro de 2015

Ônibus da PM sofre acidente voltando da manifestação


UM ônibus da Polícia Militar do DF sofreu um acidente no início da tarde desde domingo (15/11). O veículo do 2o Batalhão (Taguatinga) voltava das manifestações na Esplanada dos Ministérios quando foi atingido por um carro preto que furou o sinal vermelho, no Sudoeste. Cerca de 20 militares estavam dentro. O pára-brisa ficou totalmente destruído. Mas apesar da gravidade do acidente, todos passam bem.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Crise na PM derruba secretário de Segurança Arthur Trindade


MAIS uma baixa no governo Rollemberg. O secretário de Segurança do DF, Arthur Trindade, pediu demissão nesta sexta-feira (5/11) após entregar carta ao governador criticando o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Florisvaldo César.

Ontem (4) à noite houve uma conversa entre o governador Rollemberg e o secretário. Rollemberg pediu um tempo, mas Trindade não aceitou permanecer no cargo depois do embate com o oficial da PM.

A relação entre Trindade, sociólogo da Universidade de Brasília (UnB), e o militar, que nunca foi boa, azedou depois da ação da PM no confronto com professores grevistas que fecharam a saída Sul na semana passada, e foram contidos com balas de borracha e bombas de efeito moral.

Arthur Trindade teria ficado insatisfeito por não ter sido consultado antes de a PM acionar o Batalhão de Choque para conter os docentes. O então secretário deu um ultimato ao governador Rollemberg em reunião realizada na última sexta (31/10): “ou ele ou eu”.

A ideia inicial do governador era exonerar Florisvaldo Cesar na quarta (4) de manhã. Ele teria sido informado da exoneração um dia antes (3) à noite. Mas, pressionado por políticos e oficiais da PM, que ameaçaram entregar os cargos, o chefe do Executivo recuou e manteve o coronel, contrariando Trindade.

O secretário então escreveu uma carta de demissão dirigida à população do DF (veja íntegra abaixo), em que critica a ação da Polícia Militar contra os professores, que classificou como "equivocadas". Na ocasião, a PM usou bombas de gás, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar a manifestação. Para ele, o episódio revelou "graves" falhas na cadeia de comando e na "estrutura de governança da segurança pública" do DF.

Veja a íntegra da carta de demissão:

Nestes dez meses que estamos a frente da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social temos nos esforçado para construir uma política pública de segurança voltada para a redução dos crimes violentos e aumento da sensação de segurança. Esta política está baseada na filosofia de policiamento orientado para a solução de problemas e na intensa participação da sociedade civil.
Para isso, reestruturamos a Secretaria para que pudesse efetivamente coordenar a política e orientar as ações a partir de analises criminais baseadas em evidências científicas. Também implantamos uma câmara técnica para aproximar o Ministério Público, o Judiciário e a polícia. Introduzimos uma política de transparência de estatísticas e informações criminais.
Os resultados foram muito bons, com destaque para a queda de 14% no número de homicídios. Isso aconteceu devido aos esforços da Polícia Militar em apreender armas de fogo e, principalmente, aos trabalhos da Polícia Civil em investigar estes crimes e coibir a atuação das gangues. Se os esforços forem mantidos, poderemos alcançar uma redução de 50% das mortes violentas nos próximos anos.
Também merece destaque a redução das mortes no trânsito. Resultado das ações de prevenção realizados pelo DETRAN e pela Polícia Militar, além do excelente trabalho de socorro realizado pelo Corpo de Bombeiros.
Com relação aos crimes contra o patrimônio, os números ainda estão aquém das metas que traçamos. A despeito dos esforços da SSP em elaborar análises estatísticas, as ações do policiamento ostensivo da PM, ainda carecem de foco. Não basta apenas colocar mais policiais na rua. Eles precisam estar no dia, na hora e no local corretos.
Estes resultados se diluem quando erros e desmandos acontecem. A ação da PMDF contra os professores foi equivocada, do meu ponto de vista. Todos os especialistas que consultei foram unânimes em dizer que houve uso desproporcional da força e que não foram esgotadas as negociações. Pior, a ação foi dirigida diretamente pelo comandante geral, sem consultar o governador ou o secretário de segurança.
Sou professor e tenho uma trajetória em segurança pública e direitos humanos. Não posso concordar com o que aconteceu. Precisamos decidir qual polícia queremos. Uma polícia cidadã ou uma polícia que não se submete a autoridade civil e tem dificuldades para admitir seus erros?
Os erros na ação da semana passada não podem, de forma alguma, ser atribuídos aos policiais do Batalhão de Choque. São profissionais que seguem protocolos. Se os protocolos estão equivocados, cabe ao comando corrigi-los. Mais do que erros pontuais, a ação revelou as graves falhas na cadeia de comando e na estrutura de governança da segurança pública do Distrito Federal.
Desde o início dos nossos trabalhos, temos encontrado dificuldades de trabalhar com alguns setores da PMDF. Para estes, prevalece a ideia de que a polícia é autônoma e não precisa se submeter as diretrizes da Secretaria de Segurança Pública. Eles não querem uma Secretaria forte e capaz de planejar uma política de segurança pública.
O Distrito Federal tem, em termos proporcionais, o maior orçamento de segurança pública do país. Tem também os maiores efetivos proporcionais. Nossas policiais são bem pagas. Mas apesar disso, historicamente as entregas na área de segurança pública têm sido pífias. Nossa taxa de homicídios é alta, a população segue insegura, desconfia das polícias e os serviços de polícia deixam a desejar. Tudo isso porque falta uma secretaria de fato capaz de ditar uma política de segurança.
Lutamos para construir uma política de segurança e fortalecer a secretaria como órgão central de planejamento e governança. Os obstáculos tem sido enormes. Os acontecimentos recentes agravaram o quadro, tornando insustentável a minha permanente. Agradeço a todos(as) que me apoiaram.

domingo, 1 de novembro de 2015

Filho de empresário Lutfallah Farah atropela e foge sem prestar socorro

MAIS UM caso envolvendo a rica família Farah. Mas dessa vez não se trata do caçula Ramez, mas sim de Felipe Lutfallah Farah, filho mais velho de Lutfallah Farah, empresário do ramo de hotéis em Brasília. 

Na manhã deste domingo (1/11), por volta de 7h, Felipe voltava da festa Halloween de Cinema, no Aeroporto Internacional, a bordo de sua Range Rover avaliada em R$ 200 mil quando atropelou, segundo o Corpo de Bombeiros, Flávio Lopes de Souza, 29 anos. Souza estava saindo do trabalho de vigilante de moto (FAN CG 150 preta), no balão do aeroporto. 

O homem teve escoriações do joelho direito e foi transportado pelos bombeiros ao Hospital de Base consciente. O Corpo de Bombeiros informou que Felipe Farah não prestou socorro à vítima e fugiu do local do acidente. 

A Polícia Militar esteve no local e encontrou garrafas de vodkas importadas dentro do carro de luxo e cigarros de maconha. Testemunhas afirmam que o motorista estava com sinais de embriaguez e saiu cambaleando acompanhado de três mulheres a pé. 

A 10a Delegacia (Lago Sul) investiga o caso. A Polícia Civil ainda procura Felipe Lutfallah Farah. Ele tem muito a explicar. 

Repeteco
Não é a primeira vez que Felipe Farah bate o carro. Em outra ocasião o jovem perdeu o controle de uma Porsche e invadiu uma cerca no Lago Sul. O carro havia sido comprado pelo pai há três dias como presente.