Sucessivas polêmicas envolvendo o chefe da Comunicação Social da Polícia Militar do DF, coronel Antônio Carlos Freitas, devem custar o cargo do oficial. Para a alegria de muitos, o coronel pode ser substituído e transferido de área.
A ideia ganhou força por causa das atitudes do comandante que estariam desagradando o Comando da PM. As ações geraram desgaste entre as seções e diretorias.
No último fim de semana, no dia em que se comemorava o Dia do Bombeiro, o coronel criou uma indigesta crise com os bombeiros e a Polícia Civil. Ele divulgou um texto dizendo que "bombeiro só salva, Civil só investiga" e completou com uma lista de tarefas supostamente realizadas apenas pela PM, como separar brigas de vizinhos e prender criminosos. Os policiais civis e os bombeiros não gostaram nada nada da teoria e não engoliram a crítica.
Esta semana, em entrevista à uma rádio, Antônio Carlos criticou os policiais militares subjudice que conseguiram, por determinação do Tribunal de Justiça, efetivação para continuarem na PM. Eles haviam sido nomeados por força de liminar e se sentiram injustiçados com a fala do coronel.
Assim que assumiu, deu entrevista ao vivo para uma TV sobre um dispositivo instalado em lojas do Gama e disse que, quando o empresário acionasse, o policial chegaria em cinco segundos ao local do roubo. A entrevista virou piada e meme nas redes sociais. "Nomearam" até um "policial The Flash".
Outro caso negativo precisou até da Secretaria de Segurança Pública. A PM divulgou, via CCS, que havia prendido um homem beneficiário do "Saidão do Dia dos Namorados" - que não existe. A SSP, durante o fim de semana, contrariou a PM e explicou, em nota oficial, que não existe o tal benefício. Esse episódio gerou mais pano pra manga àqueles que querem a saída do coronel.
O modo como o coronel trata parte da imprensa também já foi motivo também para reunião e "puxão de orelha" do Comando-Geral, no mês passado.
Antônio Carlos entrou no Centro de Comunicação Social substituindo o coronel Márcio Pereira, bastante elogiado pelos policiais, tanto praças quanto oficiais, e que atualmente é secretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública.
"Ele é muito cabeça dura", disse um interlocutor do Comando em relação à uma suposta teimosia do coronel em não querer aceitar ordens do Comando-Geral. "Não tem condição de ele permanecer. É o nosso porta-voz, mas só passa informação errada", criticou outro oficial.
A PM já busca nomes para substituir o comando da Comunicação e apaziguar os ânimos. Alguém com conhecimento na área deve ser analisado, se espelhando na mudança da Comunicação da Polícia Civil, que há um mês tem um delegado-jornalista no posto e está fazendo um trabalho elogiável se comparado com o gestor anterior.
Ele disse a verdade, a PM é que faz tudo mesmo, falar a verdade incomoda as pessoas mesmo!!!
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