sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Policiais são obrigados a irem à "Celebração ecumênica e ação de graças e intercessão pela PMDF"


Uma circular que chegou aos batalhões da Polícia Militar causou estranheza entre os policiais. Assinado pelo subcomandante-geral, coronel Marcos de Araújo, o documento - destinado aos chefes, diretores, comandantes, secretários, ouvidores e auditores - diz que os PMs "deveis comparecer", acompanhados de um oficial e três praças à "Celebração ecumênica e ação de graças e intercessão pela PMDF". O evento foi realizado no Templo Militar da PMDF, no dia 27, à noite.

Lava Jato escancara modo como a política é feita no Brasil, diz delegado da PF


A Operação Lava Jato foi deflagrada em março de 2014 com o objetivo de desfazer um grupo criminoso responsável por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Quase dois anos depois, a operação já foi responsável pela prisão e condenação de diversos políticos, como os ex-deputados Pedro Correa (PP), Luiz Argolo (SD) e André Vargas (ex-PT), além de envolver nomes de peso em governos anteriores, como o do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, por exemplo.

Durante as investigações, a Polícia Federal descobriu um esquema de corrupção dentro da Petrobras, que favorecia políticos da base de sustentação do governo. “O esquema de corrupção tinha uma faceta muito importante que era o financiamento do projeto de poder de alguns partidos”, explica o delegado da PF Igor Romário de Paula (foto).

Os partidos que mais aparecem nas investigações são o PT, PMDB e PP. Para Igor de Paula, é natural que esses sejam os partidos que mais surgem, pois são a base de sustentação do governo federal. “É a base que vem sustentando o governo há 13 anos, então é normal que reflita mais neles. Mas algumas pontas já apareceram envolvendo partidos de oposição”, diz o delegado.

Não é a primeira vez que os partidos da base do governo federal estão no centro de um esquema de corrupção. A Lava Jato, de acordo com investigadores, é muito parecida com o mensalão. “A forma de política no Brasil é feita assim”, lamenta Igor de Paula.

Para o delegado, a operação que envolveu a prisão do senador Delcídio Amaral (PT) é um exemplo de como funciona a política no país. “As coisas agora estão escancaradas. Todo mundo sabe como funciona e a gente fica cada dia mais horrorizado da forma como é. Essa fase de Brasília que envolveu a prisão do senador Delcídio foi um tapa na cara da sociedade de forma brutal”, diz Igor de Paula, lembrando que o senador foi flagrado negociando abertamente uma forma de barrar as investigações e auxiliar na fuga de um possível delator. “É muito raro a gente ver isso em áudio sendo tratado”, afirma.

Neste ano, o Ministério Público Federal (MPF) trabalha na busca pela responsabilização dos partidos políticos envolvidos na Lava Jato, algo inédito no país. Apesar de considerar um passo inovador, o delegado que comanda as investigações não acredita em uma mudança de postura tão cedo. “Eu tenho alguns colegas que são mais otimistas em relação a mudanças de postura, de mentalidade. Eu sou um pouco mais São Tomé”, diz Igor.

Gazeta do Povo / Kelli Kadanus

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Sprays vencidos. PMs usam produto que não funciona


Sem manutenção de viaturas, sem limpeza nos batalhões... E agora mais um problema: sem sprays. Os policiais militares do DF estão passando dias difíceis nas ruas de Brasília.

Há dois tipos de gás spray utilizado na corporação. O de pimenta e o lacrimogêneo. O gás de pimenta, chamado de gás O.C. que a PM fornece vai, geralmente, em um tubo de cor laranja e sai em forma de espuma. O produto é indicado para usar em uma pessoa específica, pois sai um jato reto de espuma. 

O gás lacrimogêneo, chamado de gás C.S., vai em um tubo preto e sai pulverizado (foto). É indicado para ser utilizado quando se precisa dispersar mais pessoas, por exemplo, em aglomerações, multidões, manifestações ou em brigas generalizadas.

Mas os dois tipos estão em falta na PMDF. Só quem tem de sobra são os batalhões de choque. Mas eles não estão na rua no dia a dia e nem fazendo o policiamento ostensivo no carnaval.

Para piorar, o estoque que ainda resta de gás de pimenta está todo vencido. Inclusive muitos policiais raspam a validade para evitar quaisquer problemas na Justiça, caso seja necessário utilizar.

Segundo alguns policiais, "não há problema em utilizar o gás vencido. Seria como utilizar um desodorante que passou da validade. Porém, não vai funcionar tão bem". Ou seja, é usar um produto que não tem eficácia.

Procuramos a PM para comentar o assunto. A corporação confirmou todas as informações e informou por meio de nota que já está tentando resolver o problema com nova licitação para compra de equipamento.

A PM disse que foi lançado o procedimento licitatório, na modalidade pregão, nº 38/2015, para aquisição dos espargidores necessários para atender a demanda da PMDF. "Tal aquisição vem a cumprir a meta do Plano Estratégico da PMDF em manter a Corporação munida de meios adequados a fazer frente às demandas Constitucionais dentro da filosofia dos Direitos Humanos no uso racional, inteligente, diferenciado e proporcional da força", diz a nota.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

De novo: presos fogem da cadeia de Planaltina


Aconteceu de novo. Três presos fugiram da cadeia pública de Planaltina de Goiás, a 60 km de Brasília. Segundo a polícia, os detentos cerraram as grades da churrasqueira e saíram pelo telhado. A ousadia foi grande. Os presidiários pularam o muro que dá acesso ao Caic (escola) e saíram em rumo desconhecido. Nenhum dos três foi localizado.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Delegacia de Taguatinga passa o fim de semana sem água


Os policiais e delegados da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) passaram o fim de semana sem água. Não saía uma gota das torneiras, dos chuveiros e bebedouros. O problema começou na sexta-feira (22), quando foi feita a limpeza das caixas d’água do local.

Tentando amenizar o problema, o Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) entregou uma remessa de água mineral na delegacia (foto) para que os agentes, escrivães, papiloscopistas pudessem continuar os trabalhos. A situação foi caracterizada como "calamidade".

Procurada, a Direção Geral da Polícia Civil, por intermédio de sua divisão de comunicação, informou que na última sexta-feira a Divisão de Administração e Serviços Gerais (DASG) realizou o conserto e a limpeza da caixa d´agua da 21ª DP, serviço este que durou algumas horas.

No entanto, com a conclusão dos reparos e da limpeza, ainda na própria sexta-feira, na parte da tarde, a PCDF disse que o acesso a água foi normalizado, ao contrário do que foi informado e comprovado pelos policiais que trabalham na unidade policial e por seus representantes.

Defeito nas pistolas expõe os policiais do DF a mais um fator de risco


Profissionais da Segurança Pública de todo o país estão submetidos a uma situação desnecessária de risco: são cada vez mais comuns os casos de disparo acidental, por queda sem o acionamento do gatilho, das armas fabricadas pela Forjas Taurus – uma das três maiores indústrias de armas leves do mundo.

A empresa é a principal fornecedora das forças de segurança do Brasil – graças a Lei 10.826/2003, as polícias só podem comprar armas de empresas estrangeiras se não houver modelo semelhante produzida nacionalmente.

Por essas razões, seria natural esperar que o armamento produzido tenha qualidade. Mais que isso, soa estranho imaginar que uma pistola municiada possa cair e disparar. Mas é, infelizmente, o que vem acontecendo – e isso indica a possibilidade de um defeito gravíssimo na fabricação das pistolas da Taurus.

Uma simples busca na internet confirma essas suspeitas. A página “Vítimas da Taurus” é a mais conhecida. Ela lista uma série de casos de policiais que se feriram – em alguns casos, fatalmente – com a principal ferramenta de trabalho: a pistola Taurus PT 24/7 calibre ponto 40.

As vítimas defendem a tese de que as armas, entre as mais populares nas polícias brasileiras, tenham sido adquiridas com defeito de fabricação. A fabricante ignora, sistematicamente, as ocorrências no Brasil.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

PM é preso após discussão sobre capa de chuva


Na tarde desta quinta-feira (21) o cabo Davi Nascimento, lotado no batalhão escolar, mas que estava de serviço de apoio ao 17° BPM (Águas Claras e Vicente Pires), foi preso administrativamente dentro do quartel. 

O motivo ainda gera dúvidas. Os policiais que testemunharam a situação contam que a discussão começou quando o policial questionou sobre a disponibilidade de capas de chuva. Depois, a discussão chegou a outro nível, chegando assim à prisão do praça. 

À noite, por volta das 22h, o policial foi solto, após algumas horas recluso. 

O batalhão de Águas Claras é conhecido por ser bastante rigoroso com policiais que questionam e "desobedecem" os oficiais e superiores. Foi lá que uma subtenente foi presa por sair da sala de reuniões sem autorização do superior. 

Procurada, por e-mail e telefone, a comunicação da Polícia Militar ainda não se manifestou sobre a prisão do cabo. 

Atualização
Após dois dias, a PM respondeu que: "São questões administrativas da PMDF e todo a ação foi tomada dentro do que preconiza nossas leis, as quais todos policiais tem que observar para preservar a harmonia, o respeito e principalmente a hierarquia e disciplina."

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Delegados e policiais rejeitam criação de nova delegacia no DF


O governador do DF Rodrigo Rollemberg vai sancionar esta semana a criação da delegacia especializada em atendimento ao idoso. O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) já programou uma manifestação contra a sanção. Em rodas de conversa, os delegados também são contra. O motivo é simples: falta de efetivo.

Com a criação de uma nova delegacia, mas sem a contratação de novos policiais, o governo vai precisar transferir profissionais de outras delegacias para a nova, fazendo assim com que essas delegacias fiquem desfalcadas.

O efetivo da Polícia Civil é menor do que na década de 90, contrariando o crescimento da população.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Motociclista atropelado por viatura da PM morre no hospital

O motociclista que foi atropelado pela viatura da Patamo, da Polícia Militar do DF, no dia 6, morreu. O caso aconteceu na avenida Araucárias, em Águas Claras, à noite.

Segundo a comunicação da PM, o motociclista furou um bloqueio de blitz e foi perseguido pelos policiais. No quebra-molas, a viatura perdeu o controle e atingiu a moto do homem. 

A vítima foi identificada como professor. Segundo informações, ele foi arrastado por alguns metros devido à velocidade do carro da PM. 

Ele foi encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia, mas não resistiu. 

O enterro foi na terça-feira, no Campo da Esperança, na Asa Sul. A família espera justiça. 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Comandante exonerado da PM vira assessor especial na Casa Civil


O coronel Florisvaldo César ficou sabendo que seria demitido do cargo de comandante-geral da Polícia Militar do DF minutos antes do anúncio do governador Rodrigo Rollemberg em coletiva de imprensa, ontem (6).

Agora, após exoneração, o oficial foi nomeado pelo GDF assessor especial do Gabinete da Casa Civil, até então chefiada por Rejane Maria Sales Andrade.

O cargo é de natureza especial nível 3 (CNE-3), com remuneração total de R$ 10.351,54.

Sindicato dos Delegados reprova escolha de psicóloga para Secretaria de Segurança


O SINDICATO dos Delegados do DF não gostou nada nada da escolha do governador Rodrigo Rollemberg para a Secretaria de Segurança. O governador escolheu a psicóloga Márcia de Alencar. A categoria queria alguém com vivência de polícia, assim como o comando da Polícia Militar.

Em nota, assinada pelo presidente do sindicato, Benito Tiezzi, a entidade também afirmou que, independentemente do chefe da Segurança, a categoria exige independência. “A autonomia da Polícia Civil é condição fundamental para o exercício da investigação criminal sem nenhuma interferência política ou de qualquer outro gênero. Exigimos a manutenção dessa condição, pois a população do DF exige uma Polícia Judiciária de Estado, e nunca de governo, trabalhando sempre em prol da sociedade e nunca pelo interesse de grupos ou pessoas determinadas”.

Rollemberg troca comando da PM para dar poder à nova secretária

O CHEFE da Polícia Militar do DF durante o primeiro ano do governo Rodrigo Rollemberg, coronel Florisvaldo César, deixou o cargo nesta quarta-feira (6) e deu lugar ao coronel Marco Antônio Nunes. César protagonizou um duro embate com o antigo secretário de Segurança Pública e Paz Social, Arthur Trindade, devido ao comportamento da corporação na retirada de professores grevistas que obstruíam o Eixão Sul, no fim de outubro. Após discordarem sobre a ação da PM, feita à revelia do secretário, Rollemberg decidiu demitir o comandante-geral da polícia. Porém, depois de uma forte pressão da corporação em favor de César, o governador voltou atrás e quem pediu exoneração foi Trindade.

Dois meses após derrubar o secretário, o chefe da PM foi demitido a fim de evitar que ele ficasse superpoderoso e não respeitasse o secretário da área. Márcia Alencar, nova chefe da pasta, chega com aval do governador para seguir apostando no Programa Viva Brasília e na integração das forças policiais.

Do blog CB.Poder

Policiais militares denunciam: as viaturas estão sucateadas


AS VIATURAS Pajero do 10º Batalhão da Polícia Militar do DF, em Ceilândia Norte, estão sem manutenção. Vídeos e fotos feitos por uma reportagem da TV Record exibida esta semana mostram pneus completamente carecas e algumas partes quebradas. Nessa época de chuva, os policicias se sentem inseguros. 

Por causa disso, os militares decidiram fazer “vaquinha” para pagar a manutenção por conta própria. Cada um contribui com cerca de R$ 50 por mês. E a situação se repete nos batalhões do Lago Sul, Paranoá, Ceilândia Sul também, por exemplo.

Uma prova que os próprios policiais estão pagando para manter as viaturas é um comprovante da empresa TIP TOP Comércio de Pneus e Rodas LTDA. no valor de R$ 40.

Essa situação vem ocorrendo desde maio do ano passado. E além dessa situação, os policiais revelam problemas de óleo, pastilha e discos de freio. Algumas viaturas do tipo blazer saem dos batalhões sem sirene.


O BATALHÃO
O 10º batalhão é responsável pelo policiamento ostensivo em toda Ceilândia Norte, nas QNO, QNR, e no Sol Nascente. Atualmente conta com um efetivo de aproximadamente 400 policiais militares

A PMDF
Procurado, o Comando da Polícia Militar informou que busca sempre uma renovação de suas viaturas, pois devido à carga de trabalho de 24 horas, há um desgate mais rápido delas comparados a qualquer outro tipo de veículo.

“Deste modo, mesmo que tenham viaturas esperando manutenção em algumas unidades, etse número não impacta no serviço prestado à população, pois a frota da PM que está em pleno serviço é suficiente para as demandas da sociedade”.

Os policiais discordam. 

domingo, 3 de janeiro de 2016

Notícia boa: Hospital Santa Helena vai atender convênio da PM

OS POLICIAIS militares do DF podem ficar aliviados. Diferente do que foi anunciado pelo grupo Santa e publicado pelo blog Brasilia Alerta no sábado (2), o hospital Santa Helena, na Asa Norte, vai, sim, atender pelo convênio da PMDF, mesmo com a mudança de donos. 

A Rede D'Or, que agora administra o Santa Helena, enviou uma nota de esclarecimento neste domingo (3) e informou que assumiu o hospital em 23 de dezembro. A direção do grupo disse que vai honrar todos os contratos atualmente vigentes.

Dessa forma, os PMs continuam sendo atendidos tanto no Maria Auxiliadora, no Gama, quanto no Santa Helena, na Asa Norte. 

sábado, 2 de janeiro de 2016

De novo: PMs perdem atendimento no Hospital Santa Helena


OS POLICIAIS militares do Distrito Federal podem se preparar. A partir de 4 de janeiro (segunda-feira), o Hospital Santa Helena, na Asa Norte, não vai mais atender pelo convênio da PMDF. Agora, somente o Maria Auxiliadora, no Gama, continuará atendendo os PMs.

O motivo é simples: o hospital mudou de dono. Desde o dia 1º de janeiro o Santa Helena pertence à Rede D'Or, o mesmo que administra o Santa Luzia e Hospital do Coração. Então por isso o Santa Helena vai interromper atendimento aos PMs, pois o contrato é com o Grupo Santa e não com a Rede D'or. 

* Atualização 

Notícia boa: Hospital Santa Helena vai atender convênio da PM


Os policiais militares do DF podem ficar aliviados. Diferente do que foi anunciado pelo grupo Santa e publicado pelo blog Brasilia Alerta no sábado (2), o hospital Santa Helena, na Asa Norte, vai, sim, atender pelo convênio da PMDF, mesmo com a mudança de donos. 

A Rede D'Or, que agora administra o Santa Helena, enviou uma nota de esclarecimento neste domingo (3) e informou que assumiu o hospital em 23 de dezembro. A direção do grupo disse que vai honrar todos os contratos atualmente vigentes.


Dessa forma, os PMs continuam sendo atendidos tanto no Maria Auxiliadora, no Gama, quanto no Santa Helena, na Asa Norte.