quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Polícia Federal deflagra 6ª fase da Operação Zelotes no DF e outros estados

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta (25) a 6ª fase da Operação Zelotes, com ações em 5 unidades da federação. O objetivo é investigar possível sonegação de até R$ 1,5 bilhão por parte de um dos grupos empresariais investigado. No Distrito Federal, um dos alvos é a sede da siderúrgica, localizada no Setor de Indústria e Abastecimento. (SIA). A 10ª Vara Federal de Brasília ainda ordenou duas oitivas a serem realizadas no Complexo Penitenciário da Papuda, na capital.

Foram cumpridos 22 mandados de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão, em Brasília/DF, Porto Alegre/RS, São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ e Recife/PE, além de 2 oitivas autorizadas judicialmente realizadas no complexo da Papuda, em Brasília/DF.

Durante os trabalhos de investigação conduzidos pela Polícia Federal, foi constatada a existência de associação criminosa voltada a manipular e influenciar decisões do Conselho de Recursos Administrativos (CARF), por meio de corrupção de Conselheiros, em prol de empresas desfavorecidas em decisões administrativas condenatórias de instâncias inferiores. Algumas dessas empresas se referem a um conhecido grupo siderúrgico nacional, que também se beneficiou com o citado esquema, inaugurando, assim, a sexta fase da Operação Zelotes.

O alvo desta fase de ações da PF, empresa siderúrgica brasileira que possui operações industriais em 14 países, celebrou contratos com escritórios de advocacia e de consultoria, os quais, por meio de seus sócios, agiram de maneira ilícita, manipulando o andamento, a distribuição e decisões do Conselho de Recursos Fiscais - CARF, visando obter provimento de seus recursos e cancelamento da cobrança de tributos em seus processos.

Mesmo após a deflagração da Operação Zelotes, em 26 de março de 2015, informações produzidas pela Polícia Federal apontaram evidências da continuidade da prática dos crimes de Advocacia Administrativa Fazendária, Tráfico de Influência, Corrupção Ativa e Passiva, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro por parte de uma estrutura criminosa complexa e composta por conselheiros e ex-conselheiros do CARF, advogados e a empresa siderúrgica alvo da ação.

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